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O Teatro Popular de Ilhéus (TPI), apresentará seu espetáculo Borépetei. Uno, no Sommerwerft Festival am Fluss, no próximo dia 8 de agosto, às 21h45 (horário local), na cidade de Frankfurt – Alemanha. Além do espetáculo o grupo leva na bagagem uma exposição fotográfica sobre a implantação da Escola Indígena de Abaeté, com curadoria de Romualdo Lisboa e Katu Tupinambá, oficina de Coco, ministrada por Shicó do Mamulengo, bonequeiro, multiartista, cenógrafo e figurinista do TPI, e oficina de corpo com Luís Alonso-Aude, diretor de movimento do grupo, pesquisador e curador do FILTE/BA. A participação do grupo no festival é um projeto fomentado pela Bolsa Funarte Mobilidade 2023.
FUNARTE – a Bolsa Mobilidade é uma iniciativa que, segundo a Fundação Nacional de Artes – FUNARTE, contribui para a “implementação da Política Nacional das Artes, para a promoção das Artes Brasileiras no território nacional e internacional, propiciando também o desenvolvimento das relações culturais com outros povos e estimulando o intercâmbio entre artistas e fazedores da cultura das diversas regiões do país”.
BORÉPETEI, que na língua tupi significa aquele que contém e está contido em tudo, é uma montagem que evidencia a sabedoria ancestral do povo Tupinambá de Olivença, território indígena, em processo de demarcação, no Sul da Bahia. Todo espetáculo é falado na língua Tupi por lideranças indígenas, que surgem no centro da cena para revelar que somos todos um. O espetáculo/performance é dividido em 3 partes: Religare; Experimentos e Abraço ao Tempo. Elas se superpõem e se comunicam constantemente em uma espécie de concerto em formato circular e multimidia na rua, onde os atores e atrizes fazem um tributo à ausência e à presença das nossas origens. No elenco, Tânia Barbosa, Ely Izidro, Márcia Mascarenhas, Antônio Vicente, Aldenor Garcia e Pablo Lisboa, que assina a direção musical e composições do espetáculo. Com texto de Romualdo Lisboa, a montagem tem direção de Luís Alonso-Aude e Romualdo Lisboa.
O SOMMERWERFT está em sua 22ª edição. O Festival é realizado pelo grupo Antagon que tem mais de 30 anos de atuação em espaços públicos, mais de 50 performances criadas para eventos distintos. A produção do Sommerwerft Festival am Fluss envolve artistas de todo mundo em Frankfurt e mantém o objetivo de promover a participação de artistas e voluntários da Europa e de outros países do mundo, tornando-se um ponto de encontro para as artes e de verdadeiro intercâmbio cultural para artistas e público.
O TEATRO POPULAR DE ILHÉUS surge em 1995 fundado pelo ator e diretor Équio Reis. Em todos esses anos de trajetória, foram dezenas de montagens, intervenções artísticas nas comunidades, apresentações em cidades de diversos Estados, além de participações em festivais de teatro no Brasil e fora dele. Desde o início, as manifestações da cultura popular sempre estiveram inseridas na tentativa de retomar a própria identidade cultural e o teatro popular como mecanismo de transformação social, além da pesquisa sobre o Teatro Épico de Bertolt Brecht. O Teatro Popular de Ilhéus é Ponto de Cultura da Bahia, seus projetos artísticos e culturais incluem espetáculos, exibição de filmes, cursos e oficinas, debates, encontros e intercâmbios com outros grupos e artistas. Para além das atividades de pesquisa, criação e difusão desenvolvidas permanentemente, o TPI tem se dedicado à construção de sua sede própria. Um projeto dos arquitetos e urbanistas Carl Von Hauenschild e Paulo Rosário está em andamento. A obra será realizada em terreno doado pelos sócios remidos do Clube Social do Pontal. Com ações direcionadas para adultos e crianças, o Teatro Popular de Ilhéus tem se configurado um exemplo de espaço criativo, e segue em novos projetos, novas pesquisas, dialogando com a sociedade, entendendo-a e propondo novas formas de ver o mundo e sua história.
O TPI está sediado temporariamente nas instalações da UESC, em parceria realizada através da Pró-reitora de Extensão, Departamento de Letras, Núcleo de Artes e Observatório Astronômico da UESC. O Teatro Popular de Ilhéus é uma instituição cultural privada, parcialmente mantida pelo programa de Ações Continuadas de Instituições Culturais – uma iniciativa da Secretaria de Cultura da Bahia com recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia e Governo do Estado da Bahia.
Este projeto foi fomentado pela Bolsa Funarte de Mobilidade Artística 2023, uma iniciativa da Fundação Nacional de Artes, Ministério da Cultura, Governo Federal.